Pela preservação da Pureza e no encalço da eficácia do mandato Legislativo

Una - BA 26 de julho de 2011

Itabira, MG,  julho de 2011.

As discussões iniciaram no face book, importante ferramenta de alcance social imediato, e ganharam adesão de um número considerável de internautas que começaram a postar comentários críticos a respeito da decisão de vereadores da “base aliada” em aprovar sem ressalvas que se alterasse o Plano Diretor da cidade no tocante ao perímetro urbano de uma área denominada, Manancial Pureza, responsável pelo abastecimento de 55% de água da cidade. Evidenciou-se desde então, a necessidade de se fazer algo que fosse relevante e mostrasse a indignação para com a atitude tão prejudicial a um número considerável da população de Itabira dada a dimensão do alcance dessa decisão equivocada dos vereadores, levando em consideração que o consumo de água na cidade, é igual ao que se produz.

 Para os vereadores que votaram favoráveis a que se permitisse a urbanização da Pureza parece ter faltado um arroubo de consciência ambiental e deu a entender que focaram apenas o aspecto econômico, já que com a permissão de mudanças no perímetro urbano, a especulação imobiliária entraria com considerável apetite e ocuparia em curto período de tempo toda uma extensão de um local que jamais deve ser objeto de permuta para abrigar moradias ou qualquer outro empreendimento

.Só não contavam com a reação dos internautas e estes foram decisivos para demover o prefeito e fazê-lo vetar o projeto que, voltando para a Câmara, recebeu parecer favorável ao veto dos que antes, apoiavam abertamente mudanças no Plano Diretor, o que não deixou de ser uma decisão bastante inteligente e de comprovada faceta ecológica, por garantir a preservação do manancial em seu estado natural e com suas dimensões originais no presente e para o futuro.Saímos às ruas no sábado a tarde, descemos a avenida principal da cidade rumo a porta da prefeitura com nossas faixas, cartazes, panfletos, apitos, microfone em punho, demos nosso recado de forma pacífica, para um público que mesmo não sendo grande por ser fim de semana se mostrou receptivo ao que apresentamos o que permitiu mostrar como é necessário acompanhar o comportamento daqueles que estão em cargos públicos para representar-nos, mas tal representação tem de ser coerente na prática e conteúdo, revelando bem mais os benefícios de se ter e lidar com o poder para atender a maioria e não o contrário.

  O que se espera agora é que aprendida a lição de que quando decisões que afetam uma maioria devem ser amplamente discutidas e tratadas às claras. Possa os vereadores ouvir mais quem neles confiou o voto para realizarem ações verdadeiramente benéficas e de alcance social relevante, que se atenham a representar bem para serem menos cobrados quando por interesse próprio ou de grupos, ferem o princípio da subsidiariedade mostrando desprezo pelo coletivo, pela cidadania responsável e pelo interesse público.

(Afonso C. Damasceno Comissão Justiça e Paz Diocese de Itabira Coronel Fabriciano)

Um comentário:

  1. Marcelo Oliveira Itabira - MG27 de julho de 2011 às 08:30

    É isso ai o povo tem que cobrar mesmo deste governo Corruptor. e sou afavor fa Igreja Católica entra nesta briga em defesa dos mais fracos.

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