Tenha o cuidado com as Seitas

Ilhéus - BA 04 de outubro de 2011


                                                                    Pe. Inácio


Morte no Marxismo e no Capitalismo

Em números absolutos, os autores dos maiores crimes contra a humanidade foram o chinês Mao Tsé-tung, o georgiano Josef Stalin (líder da ex-URSS) e o austríaco Adolf Hitler. Mas, em percentual da população, superou-os Pol Pot, que assassinou dois milhões de pessoas quando comandou o regime maoísta do Khmer Vermelho, entre 1976 e 1979, no Camboja. Ele e seus asseclas dizimaram um quarto da população do país.
Mao iniciou, a partir de 1950, um programa de reforma agrária e coletivização da agricultura que provocou a maior fome da História. Em meados dos anos 60, lançou a Revolução Cultural para preparar a população chinesa para o socialismo. Atribuem-lhe mais de 50 milhões de mortes.
Para fazer triunfar o socialismo e elevar a URSS a potência, Stalin passou como trator por cima tudo e todos, implantando um regime de terror, e também de fome. Estão na biografia dele mais de 40 milhões de cadáveres. Hitler foi o responsável pela deflagração da Segunda Guerra Mundial e pela política alemã de genocídio de judeus, ciganos, negros, deficientes físicos e mentais, dissidentes políticos, homossexuais, e outras minorias, em nome da superioridade ariana. Responde por 21 milhões de mortes (1).

O renomado historiador inglês Eric Hobsbawm, referindo-se ao século XX, escreveu em seu livro Era dos Extremos: “Sem dúvida ele foi o século mais assassino de que temos registro”.
O século XX foi o apogeu do paradoxo entre o humanismo de Mahatma Gandhi e a carnificina de Adolf Hitler. Foi o século do 14-Bis e o século de Hiroshima e Nagasaki. Foi o século ecumênico do Papa Joao XXIII e do fundamentalismo islâmico. Foi o século do avanço da ciência e da tecnologia e o século da fome, da depressão e dos vírus. Foi o século de tudo e do nada.
“A paz no mundo não está ameaçada pelas más pessoas, mas sim por aqueles que permitem a maldade”, disse o cientista alemão Albert Einstein.
Uma das principais via da maldade que estamos vivendo hoje é a configuração humana pela insegurança dos cálculos econômicos. Os números ditam as regras e a imagem guia as pessoas, ou seja, a crise econômica e a internet determinam.
Os donos do poder, a elite dominante antes de matar, eles escravizam seus fantoches pelo poder da mídia e do consumismo, tendo em vista somente o lucro com a vida e com a morte como mercadoria fácil, rendosa e manipulada.

A ARTE COMO FORMA DE MANIPULAÇÃO

O professor russo Igor Golomstock, um especialista em arte do século XX que deixou a Rússia para ensinar nas universidades de St. Andrews, Essex e Oxford, trata-se de uma ironia pós-modernista. “É um fenômeno pós-moderno o uso de elementos de arte totalitária em instalações e performances, bem como a exploração destes trabalhos como arte kitsch”, diz ele.
Glomostock sabe bem do que fala. E não apenas por ter sido membro da União dos Artistas Soviéticos e guia do Museu Pushkin de Belas Artes, em moscou, nos anos 1950, quando a arte produzida na antiga União Soviética ainda servia á glorificação de seus regimes e ditadores. Ele é o autor de “Totalitarian art in the Soviet Union, the Third Reich, Fascist Italy, and the People’s Republic of China” (“Arte totalitária da União Soviética, no Terceiro Reich, na Itália fascista e na República Popular da China”), fascinante estudo sobre como a cultura, controlada e manipulada, pode servir como mais uma arma no complexo arsenal das tiranias.

Hitler Retratado Como um deus

Os retratos cerimoniais de líderes ocuparam, segundo Glomostock, o topo da hierarquia do gênero da arte totalitária. E eram tão importantes que, quando um líder caía em desgraça, uma das primeiras medidas era apagá-lo de quadros e removê-lo de praças. Os temas históricos revolucionários vinham em seguida: os líderes eram retratados como os “criadores da história”, e não raro posavam como deuses. A ponto de um quadro de Otto Hoyer feito em 1947 exibindo Hitler falando a seus camaradas (a expressão também era usada por nazistas) chamar-se “No princípio era o Verbo”.
Outra característica era o que Golomostock chama de “mitologização” de eventos, alem da glorificação do esforço coletivo. As guerras e revoluções exibiam sempre uma imagem de garra e tenacidade do povo diante da Natureza implacável ou do inimigo. E a história era interpretada segundo a vontade da elite do partido no comando.
O escritor dá como exemplo a obra “O bombardeio do aurora”, episódio histórico da revolução soviética , quando o navio aurora atirou no Palácio de Inverno de São Petersburgo, iniciando a tomada da morada dos czares pelos bolcheviques. Acontece que a batalha sempre retratada como a tomada de um forte inexpugnável, simplesmente não existiu, porque o palácio de inverno era protegido por uma brigada feminina e de estudantes. Da mesma forma, no quadro “Putsch”, de H. Schimitt, Hilter aparece desafiador, comandando os nazistas a derrubar o governo da Baviera no episódio conhecido como o Golpe de Munique. Na verdade, o Führer caiu ao chão nos primeiros tiros e fugiu num carro deixando seus camaradas mortos.
Sem exemplares que se possa qualificar como obras de arte, quadros, pôsteres e esculturas de arte totalitária continuam a sair sorrateiramente de porões de museus que ainda com vergonha os abrigam. Desde já, no entanto, “Arte totalitária” é uma leitura obrigatória não só um que tenha curiosidade de tentar entender até onde pode ir uma tirania no uso da “construção da psique popular” (2).

ESCREVE O PAPA BENTO XVI: “Tanto o capitalismo como o marxismo prometeram encontrar o caminho para a criação de estruturas justas e afirmaram que estas, uma vez estabelecidas, funcionariam por si mesmas; afirmaram que não só não haviam tido a necessidade de uma precedente moralidade individual, mas elas fomentariam a moralidade comum. E esta promessa ideológica se demonstrou que é falsa. Os fatos o colocam manifesto. O sistema marxista, onde governou, não só deixou uma triste herança de destruições econômicas e ecológicas, mas também uma dolorosa destruição do espírito. E o mesmo vemos também no ocidente, onde cresce constantemente a distância entre pobres e ricos e se produz uma inquietante degradação da dignidade pessoal com a droga, o álcool e as sutis miragens de felicidade” (3).

Nos três anos de crise financeira internacional, instituições financeiras lucraram US$ 42,4 bilhões e países se afundam em dívidas. Desde 15 de setembro de 2008, que teve origem no mercado imobiliário americano com as hipotecas de alto risco, as chamadas subprime, segue abalando mercados, assombrando governos e empobrecendo países (4).
O desemprego afeta, segundo a Organização Internacional do Trabalho, de 200 milhões de pessoas, o maior nível desde o ápice da crise de 2008.

“Os rumores sobre a morte do capitalismo são exagerados. O capitalismo tem uma capacidade fabulosa de ressureição e regeneração. O capitalismo avança com o que se pode chamar de destruição criativa” diz o sociólogo polonês Zigmunt Bauman (5).

Conclusão

O crime mais terrível do sistema totalitário ateísta foi eliminar a fé do povo, tirar da sociedade a religião e a tentativa de matar Deus na consciência humana.
Por sua crença e a fidelidade ao Cristo Salvador, milhões perderam a vida. Nunca mais ditadura, sistema de governo ateísta, a intolerância religiosa e a qualquer forma de radicalismo e fundamentalismo.
Trabalharemos incansavelmente pela liberdade, paz, justiça, ecumenismo e por uma economia solidária.
O Santo Evangelho anunciado como fator fundamental de libertação, contra a potente cultura de morte da elite dominante capitalista.
Unidos pela força do amor incondicional de Deus, lutaremos pela cultura da vida, ou seja, para o bem-estar de todos.

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