Atenção catequistas

Una - BA 01 de outubro de 2011

Segue o destaque semanal do Diretório Nacional de Catequese para ser lido e refletido pelo grupo (obrigatório) e pelas outras pastorais (opcional).

Destaques da Caminhada da Catequese. O que dá um novo rosto à catequese:
1. O uso da bíblia na catequese
2. A comunidade como lugar da catequese
3. A catequese como o processo permanente da fé
4. Uma catequese que ajuda a fazer a experiência viva de Jesus Cristo
5. Uma catequese transformadora
6. Uma catequese que usa o princípio metodológico de interação fé e vida.
7. Catequese que faz um caminho de espiritualidade
8. Uma catequese inculturada.
9 Uma catequese integrada nas pastorais

JESUS CRISTO, A CENTRALIDADE DA CATEQUESE.

“Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim”(Jo 14,6).
O encontro com o Cristo vivo leva, necessariamente, o catequizando à conversão, a uma mudança de vida. De fato, a catequese, procura favorecer este encontro pessoal e comunitário com Jesus. “No centro da catequese nós encontramos especialmente uma pessoa: É a Pessoa de Jesus de Nazaré, Filho único do Pai, cheio de graça e de verdade, que sofreu e morreu por nós, e que agora, ressuscitado, vive conosco para sempre. É este mesmo Jesus que é o “Caminho, a Verdade e a Vida. A vida cristã consiste em seguir a Cristo” (CT 5).
Jesus está no centro da proclamação da mensagem catequética, cuja meta final é o Pai. “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim”. Jesus é o ponto de encontro dos seres humanos com o Pai, que nele se tornou visível: “Quem me viu, viu o Pai”. Como é que você diz: Mostra-nos o Pai? Você não acredita que eu estou no Pai e que o Pai está em mim”? (Jo 14, 9-10).
Jesus Cristo escolhe e chama (Lc 6, 12-13). O discípulo experimenta que a escolha é manifestação de amor. “Ele nos amou primeiro” (1Jo 4,19).
“O fruto da Evangelização e catequese é fazer discípulos: acolher a Palavra, aceitar Deus na própria vida, como dom da fé. As exigências são: conversão e seguimento”.
O seguimento de Jesus Cristo realiza-se, porém, na comunidade fraterna. O discipulado implica renúncia a tudo o que se opõe ao projeto de Deus e que diminui a pessoa. Leva à proximidade e intimidade com Jesus Cristo e ao compromisso com a comunidade e com a missão (cf. CR 64-65; AS 127; DNC 34).


2.1. Deus, em Jesus Cristo, revela-se como
Pai Misericordioso
19. A constituição conciliar Dei Verbum afirma que
nosso Deus, Pai Misericordioso, quis revelar-se a
si mesmo. Em sua bondade e sabedoria Ele nos dá
a conhecer o mistério da sua vontade (cf. Ef 1,9).
“Deus, que cria e conserva todas as coisas por meio
do Verbo, oferece à humanidade, nas coisas criadas,
um testemunho permanente de si” (DV 3), e pelo
Espírito Santo nós homens e mulheres podemos
participar da sua natureza divina (cf. 2Pd 1,4; DV 2).
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O Catecismo1 confirma: o ser humano pode chegar
até Deus ouvindo a mensagem da criação, e por isso
toda pessoa humana é capaz de Deus (cf. 27-28; Rm
1,19-20). Essa condição nos é dada porque “o Deus
invisível” (cf. Cl 1,15; 1Tm 1,17), levado por seu
grande amor, nos fala como amigos, convidandonos
à comunhão (cf. DV 2). O Deus da misericórdia
sempre esteve presente na história dos povos e de
cada consciência e assim, “nos corações dos homens
de boa vontade, a graça podia operar de modo
invisível” (GS 22, 5), “a fim de dar a vida eterna a
todos aqueles que, pela perseverança na prática do
bem, procuram a Salvação (cf. Rm 2,6-7)” (DV 3).
20. O Deus, que quis revelar-se a todos através das
maravilhas do mundo e do ser humano criado à sua
imagem, e que vem ao encontro de todos aqueles
que sinceramente o buscam nas diversas religiões,
em sua misericórdia quis levar a termo a esperança
de toda a humanidade escolhendo para si um povo,
para revelar-se pessoalmente e acompanhá-lo em
sua história. Assim, o Deus de Abraão, Isaac e de
Jacó fez-se Salvador para todos os povos na plenitude
dos tempos (cf. DV 2-3; GS 22, 5). Tal Revelação
tem sua plenitude na pessoa de Jesus Cristo,
em suas obras e palavras, em sua vida, toda ela
1 Daqui para a frente, quando neste Diretório Nacional de Catequese se citar
apenas a palavra Catecismo, sempre se referirá ao Catecismo da Igreja Católica.
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salvífica, e, principalmente, em seu mistério pascal.
Ele nos mostra a face misericordiosa do Pai e nos
dá os meios de nos tornarmos participantes de sua
natureza divina (cf. 2Pd 1,4). Através dele, na força
do Espírito Santo, temos acesso a Deus, nosso Pai
(cf. Jo 1,12; At 17,18; 2Cor 3,18). Para se comunicar
conosco, em sua infinita bondade, Ele se serve de
acontecimentos e palavras intrinsecamente unidas,
num processo progressivo e por etapas: é a pedagogia
divina. Ele se revela inserido na vida e na
história humana, respeitando nossas capacidades e
modo de ser.2
21. Deus assim se revela desde os inícios a nossos pais.
Após a queda (cf. Gn 3,15), Ele prometeu-nos a
esperança da Salvação e ofereceu-nos sua Aliança;
chamou Abraão para dele fazer um grande povo, por
meio de Moisés e os profetas, ajudando este povo a
conhecê-lo como Deus vivo e verdadeiro, Pai providente
e justo Juiz, e a esperar o Salvador prometido
(cf. DV 3). Jesus, Verbo feito carne, plenitude da
Revelação, revela os segredos do Pai, liberta-nos
do pecado e da morte e nos garante a ressurreição
(cf. DV 4). Em sua missão Ele usou a mesma pedagogia
do Pai; fez-se um de nós, partilhando nossas
alegrias e sofrimentos, usando nossa linguagem
2 Outros aspectos da pedagogia de Deus e suas conseqüências para a catequese
serão vistos no capítulo quinto, 138-149.
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(cf. GS 22). Seus discípulos, instruídos por Ele
mesmo e revestidos do seu Espírito em Pentecostes,
são testemunhas do mistério de sua Pessoa, Palavra
de Vida que tocaram com as próprias mãos (cf. 1Jo
1,1), e foram enviados pelo Ressuscitado a todos os
povos (cf. Mt 28,19-20) para convidá-los ao banquete
do Amor-Comunhão, tornando-se filhos do
Pai Misericordioso, discípulos de Cristo e templos
do Espírito Santo.
22. Essa boa notícia da Salvação (Evangelho) é para
toda a humanidade. Jesus deu aos discípulos a missão
de evangelizar (cf. Mc 13,10; Mt 28,18-20; Lc
4,18-19). Essa missão é fonte da verdade salvífica, de
toda disciplina de costumes comunicando os dons
divinos, e isso foi fielmente realizado pelos apóstolos
(cf. DV 7). A Igreja, sinal (sacramento) supremo
de sua presença salvadora na história, transmite a
Revelação e anuncia a Salvação através do mesmo
processo pedagógico de palavras e obras, sobretudo
nos sacramentos. Ela está convencida de que
sua principal tarefa é comunicar esta Boa-Nova aos
povos: ela está a serviço da evangelização, exercendo
o ministério da Palavra do qual faz parte a
catequese.
2.2. A Palavra de Deus, fundamento da catequese
23. O conjunto das obras realizadas por Deus ao longo
da História da Salvação, com as obras e mensagens
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dos profetas, é Revelação de Deus, que em Jesus
Cristo, em sua vida e palavra não só alcança o mais
elevado grau, mas se constitui no critério absoluto
de interpretação da história salvífica anterior. “Os
apóstolos, transmitindo aquilo que eles próprios
receberam, exortam os fiéis a manter as tradições
que aprenderam, seja oralmente, seja por carta (cf.
2Ts 2,15), e a combater pela fé que se lhes transmitiu
uma vez para sempre (cf. Jd 3)” (DV 8, 1). A pregação
apostólica é “expressa de um modo especial
nos livros inspirados” (DV 8).
24. A Sagrada Escritura é a Palavra de Deus enquanto
é redigida sob a moção do Espírito Santo (cf. DV
9). A Sagrada Tradição, por sua vez, transmite integralmente
aos sucessores dos apóstolos a Palavra
de Deus confiada por Cristo Senhor e pelo Espírito
Santo aos apóstolos para que, sob a luz do Espírito
da Verdade, eles por sua pregação fielmente a conservem,
exponham e difundam; resulta assim que
não é através da Escritura apenas que a Igreja deriva
sua certeza a respeito de tudo o que revelado (cf.
DV 9). “A Sagrada Tradição e a Sagrada Escritura
constituem um só sagrado depósito da Palavra
de Deus, confiado à Igreja” (DV 10, 1). O ofício
de interpretar autenticamente a Palavra de Deus
escrita ou transmitida foi confiado unicamente ao
Magistério vivo da Igreja, cuja autoridade, exercida
em nome de Jesus Cristo, não está acima da
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Palavra de Deus, mas a seu serviço. O Magistério,
por mandato divino e com a assistência do Espírito
Santo, piamente ausculta essa Palavra, santamente a
guarda e fielmente a expõe (cf. DV 10, 2). Para que
seja permanente o diálogo de Deus com a Igreja,
a Nova Aliança se expressa e se realiza de modo
sublime na Palavra da Escritura e na celebração da
liturgia (cf. DV 8, 3). “Os bispos e os fiéis colaboram
estreitamente na conservação, exercício e profissão
da fé transmitida” (DV 10, 1). Não só o Magistério
é portador da Tradição, mas todos aqueles que
“contribuem para santamente conduzir a vida e
fazer crescer a fé do Povo de Deus” (cf. DV 8, 1).
A compreensão do depósito da fé cresce também
pelo sincero trabalho dos catequistas e pelo vigor
da teologia, em união com os pastores. Assim, “pelo
Espírito Santo a voz viva do Evangelho ressoa na
Igreja e através dela no mundo” (DV 8, 3).
25. Ao tesouro da Tradição pertence também o testemunho
dos que ouviram e vivenciaram essa Palavra
transmitida de geração em geração (cf. 1Mc 12,9;
Rm 15,4; 2Tm 3,16-17). A Palavra de Deus, assim
amplamente entendida, está presente e ressoa na
Tradição dos santos padres, no tesouro da liturgia,
no Magistério dos pastores, no testemunho dos
mártires e na vida dos santos, no trabalho dos
missionários, na religiosidade do povo, na caridade
viva dos cristãos... (cf. DGC 95). É essa Palavra
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que ilumina nossa existência e continua sendo
o caminho da Revelação de Deus para nós hoje.
Por isso, a fonte da evangelização e catequese é a
Palavra de Deus. A Igreja transmite e esclarece os
fatos e palavras da Revelação e, à sua luz, interpreta
os sinais dos tempos e a nossa vida nos quais se
realiza o desígnio salvífico de Deus (cf. DGC 39),
para que “o mundo ouvindo creia, crendo espere e
esperando ame” (DV 1 citando santo Agostinho).
26. Deus na Sagrada Escritura falou através de homens
e mulheres, e de modo humano. A catequese tem
como tarefa proporcionar a todos o entendimento
claro e profundo de tudo o que Deus nos quis transmitir:
investigar com seriedade e entender o que
os escritores sagrados escreveram para manifestar
o que Deus nos quer falar. É importante conhecer
as circunstâncias, o tempo, a cultura, os modos de
se expressar para comunicar. O mais importante
para esse entendimento da Palavra de Deus e sua
vivência é ler a Sagrada Escritura naquele mesmo
Espírito em que foi escrita: é o Espírito Santo quem
ajuda a apreender com exatidão o sentido dos textos
sagrados e seu conteúdo (cf. DV 12).
27. A catequese é um dos meios pelos quais Deus continua
hoje a se manifestar às pessoas. Ela atualiza
a Revelação acontecida no passado. O catequista
experimenta a Palavra de Deus em sua boca, à
medida que, servindo-se da Sagrada Escritura e dos
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ensinamentos da Igreja, vivendo e testemunhando
sua fé na comunidade e no mundo, transmite para
seus irmãos essa experiência de Deus. “A fidelidade
a Deus se expressa na catequese como fidelidade à
palavra outorgada em Jesus Cristo. O catequista não
prega a si mesmo, mas a Jesus Cristo, sendo fiel à
Palavra e à integridade de sua mensagem” (P 954).
Ele é também um profeta, pois faz ecoar a Palavra
de Deus na comunidade, tornando-a compreensível.
Catequese (katá-ekhein, em grego) significa ressoar;
a Igreja dá-lhe o sentido de ressoar a Palavra de
Deus hoje (cf. CR 31).
28. A Revelação é de iniciativa divina; a nós compete a
resposta da fé, adesão livre e obediente à “Boa-Nova
da graça de Deus” (cf. Fl 2,16; 1Ts 2,8; At 15,26;
At 20,24), com pleno assentimento da vontade e
da inteligência. Guiados pela fé, dom do Espírito
Santo, chegamos a contemplar e experimentar, na
consciência, na liturgia e na vida, o Deus de amor,
revelado em Cristo Jesus (cf. DGC 15b).
3. Evangelização e catequese
29. O desafio da Igreja é a evangelização do mundo
de hoje, mesmo em territórios onde a Igreja já se
encontra implantada há mais tempo. Nossa realidade
pede uma nova evangelização. A catequese
coloca-se dentro dessa perspectiva evangelizadora,
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mostrando uma grande paixão pelo anúncio do
Evangelho.
3.1. Primeiro anúncio e catequese
3.1.1. Primeiro anúncio e evangelização
30. A Igreja “existe para evangelizar”, isto é, para
anunciar a Boa Notícia do Reino, proclamado e
realizado em Jesus Cristo (cf. EN 14): é sua graça
e vocação própria. O centro do primeiro anúncio
(querigma) é a pessoa de Jesus, proclamando o
Reino como uma nova e definitiva intervenção de
Deus que salva com um poder superior àquele que
utilizou na criação do mundo.3 Essa Salvação “é o
grande dom de Deus, libertação de tudo aquilo que
oprime a pessoa humana, sobretudo do pecado e do
Maligno, na alegria de conhecer a Deus e ser por Ele
conhecido, de o ver e se entregar a Ele” (EN 9; DGC
101). Transmitindo a mensagem do Reino, a catequese
a desenvolve, aprofunda e mostra suas repercussões
para as pessoas e para o mundo (cf. CT 25).
31. Na explicitação do primeiro anúncio querigmático,
sublinham-se os seguintes elementos essenciais (cf.
DGC 102):
3 “[...] o sacrifício de Cristo, nossa Páscoa, na plenitude dos tempos ultrapassa
em grandeza a criação do mundo realizada no princípio” (Missal Romano
– Vigília Pascal, oração após a 1ª leitura; citado no DGC 101, nota 33).
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a) em Jesus, que anuncia a chegada do Reino, Deus
se mostra Pai amoroso. Na vida e mistério pascal
de Jesus, o Pai o revela como seu único Filho
eterno, feito homem no qual o Reino já está
realmente presente;
b) a Salvação, em Jesus, consiste na acolhida e
comunhão com Deus, como Pai, no dom da
filiação divina que gera fraternidade. É uma
Salvação integral que começa aqui e se projeta
na eternidade;
c) Deus, que nos criou sem nós, não quer salvar-nos
sem nossa participação e responsabilidade (cf.
santo Agostinho): somos chamados à conversão
e a crer no Evangelho do Reino, que é um Reino
de justiça, amor e paz, e à luz do qual seremos
julgados;
d) o Reino que se inaugura em Jesus, constituído Senhor
por seu mistério pascal, já está presente em
mistério aqui na terra e será levado à plena realização
quando se manifestar na glória (cf. GS 39);
e) a Igreja, comunidade dos que crêem em Jesus,
constitui o germe e o início desse Reino, que,
como fermento na massa ou pequena semente,
torna-se imensa árvore, vai crescendo e se expressando
na cultura dos povos, no diálogo com eles;
f) nossa vida e história não caminham para o nada,
mas, em seus aspectos de graça e pecado, são
assumidas por Deus para serem transformadas
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no futuro glorioso no qual Deus será tudo em
todos (cf. 1Cor 15,28; Cl 3,11; Rm 9,5): essa é a
nossa feliz esperança.
32. Além de significar o primeiro anúncio ou anúncio
missionário com o objetivo de converter quem não é
cristão, evangelização tem um sentido mais amplo:
é tudo o que a Igreja realiza para suscitar e alimentar
a fé dos fiéis e para transformar o mundo à luz
dos valores do Reino de Deus (cf. GS 39, 89 e 91).
A evangelização implica não apenas o anúncio do
Evangelho por palavras, mas também a vida e ação
da Igreja; envolve os gestos sacramentais, dentro da
comunidade viva que celebra o mistério do amor do
Pai em Cristo, no Espírito Santo; implica também
a promoção da justiça e da libertação; apresenta-se
não apenas como caminho que vai da comunidade
cristã para o mundo, mas também como acontecimento
no mundo, dentro do qual Deus continua sua
obra salvífica.
3.1.2. Catequese e evangelização
33. A evangelização é uma realidade rica, complexa e
dinâmica, que compreende momentos essenciais,
e diferentes entre si (cf. CT 18 e 20; DGC 63): o
primeiro momento é o anúncio de Jesus Cristo
(querigma); a catequese, um desses “momentos
essenciais”, é o segundo, dando-lhe continuidade.
Sua finalidade é aprofundar e amadurecer a fé,
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educando o convertido para que se incorpore à
comunidade cristã. A catequese sempre supõe a
primeira evangelização. Por sua vez, à catequese segue-
se o terceiro momento: a ação pastoral para os
fiéis já iniciados na fé, no seio da comunidade cristã
(cf. DGC 49), através da formação continuada.4
Catequese e ação pastoral se impregnam do ardor
missionário, visando à adesão mais plena a Jesus
Cristo. A atividade da Igreja, de modo especial a
catequese, traduz sempre a mística missionária que
animava os primeiros cristãos. A catequese exige
conversão interior e contínuo retorno ao núcleo do
Evangelho (querigma), ou seja, ao mistério de Jesus
Cristo em sua Páscoa libertadora, vivida e celebrada
continuamente na liturgia. Sem isso, ela deixa de
produzir os frutos desejados. Toda ação da Igreja
leva ao seguimento mais intenso de Jesus (cf. CR
64) e ao compromisso com seu projeto missionário.
3.2. Conversão, seguimento, discipulado,
comunidade
34. O fruto da evangelização e catequese é o fazer
discípulos: acolher a Palavra, aceitar Deus na
4 P ara maior esclarecimento e aprofundamento dos conceitos de evangelização,
catequese, ação pastoral, iniciação cristã, formação continuada, catecumenato
etc., pode-se consultar CNBB, Com adultos catequese adulta, Estudos da CNBB
80, 2001, cap. IV, nn. 86-124. Sobre a “originalidade da pedagogia da fé”, cf.
abaixo 146-149.
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própria vida, como dom da fé. Há certas condições
da nossa parte, que se resumem em duas palavras
evangélicas: conversão e seguimento. A fé é como
uma caminhada, conduzida pelo Espírito Santo, a
partir de uma opção de vida e uma adesão pessoal
a Deus, através de Jesus Cristo, e ao seu projeto
para o mundo. Isso supõe também a aceitação intelectual,
o conhecimento da mensagem de Jesus.
O seguimento de Jesus Cristo realiza-se, porém,
na comunidade fraterna. O discipulado, que é o
aprofundamento do seguimento, implica renúncia
a tudo o que se opõe ao projeto de Deus e que diminui
a pessoa. Leva à proximidade e intimidade
com Jesus Cristo e ao compromisso com a comunidade
e com a missão (cf. CR 64-65; AS 127c).
Fonte: tarcisio spirandio spirandio
Local:São Paulo

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