ATO Crianças e adolescentes do Coque e dos Coelhos, área central do Recife, fizeram manifesto pelo fim da violência nas comunidades.
Elas ficam em lados opostos do Rio Capibaribe e convivem de maneira semelhantes com a violência gerada pela exclusão social e tráfico de drogas. Historicamente rivais, as comunidades do Coque e dos Coelhos, localizadas na área central do Recife, são ligadas pela Ponte Joaquim Cardozo, que ao invés de unir os moradores, durante muito tempo foi região de confronto motivado pelo tráfico. Ontem, pela sétima vez, crianças e adolescentes representantes da nova geração das duas regiões, foram até a ponte, como forma de resistir à violência.
O encontro anual conhecido como Ponte pela Paz, organizado pelo Instituto Dom Helder Camara (IDHEC), através da Casa de Frei Francisco, aconteceu em poucas horas da manhã mas adiantou para dar voz aos jovens moradores das comunidades .A estudante Edileide de Souza, 15 anos, resumiu o significado do evento: "Briga entre bairros e comunidades não faz sentido. A gente tem que se unir pela paz, pelo bem de todos. Queremos a união entre as famílias, disse a moradora dos Coelhos".
A ideologia dos jovens é impulsionada pela vontade de mudar o estigma de violência fortemente associado às regiões em que vivem. De acordo com a coordenadora da Casa de Frei Francisco, Adriana Moreira, o maior desafio para a transformação dessa realidade é o avanço do crack das duas comunidades. "A gente passa o ano inteiro desenvolvendo trabalhos que buscam incentivar a cultura da paz. Mas é muito difícil lutar contra o impacto causado pelo tráfico de drogas", afirma.
Criada em 2005, depois que um adolescente foi empurrado de cima da Ponte Joaquim Cardozo por causa do confronto entre as comunidades, a Casa de Frei Francisco atende a 120 pessoas, de sete a 16 anos, moradores das comunidades do Coque, dos Coelhos e Joana Bezerra. O espaço funciona nos Coelhos e recebe o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PET) desenvolvido pelo Governo Federal. "O evento Ponte pela Paz dura poucas horas mas é resultado de muito trabalho, que é reforçado durante o ano todo. O IDHEC faz parte de uma rede de sollidariedade que une dez escolas, uma creche e várias entidades de apoio às comunidades. Os objetivos são comuns", expllica Adriana Moreira.
Na celebração de ontem, cada comunidade marchou de uma extremidade da Joaquim Cardozo, em direção ao centro. Já no meio da ponte, as crianças e adolescentes foram convidados a abraçar quem encontrassem pela frente, independente das regiões de origem. Em seguida, pombos brancos foram soltos, finalizando o ato simbólico de desejo por paz.
"Antigamente era mais difícil, nem imaginava que alguém fosse parar para dar um abraço aqui. Agora a rivalidade está menor, mas a violência continua existindo. O que eu quero é que meu neto cresça em um lugar tranquilo", disse a dona de casa Vânia Lima, 37 anos, moradora dos Coelhos.
Elas ficam em lados opostos do Rio Capibaribe e convivem de maneira semelhantes com a violência gerada pela exclusão social e tráfico de drogas. Historicamente rivais, as comunidades do Coque e dos Coelhos, localizadas na área central do Recife, são ligadas pela Ponte Joaquim Cardozo, que ao invés de unir os moradores, durante muito tempo foi região de confronto motivado pelo tráfico. Ontem, pela sétima vez, crianças e adolescentes representantes da nova geração das duas regiões, foram até a ponte, como forma de resistir à violência.
O encontro anual conhecido como Ponte pela Paz, organizado pelo Instituto Dom Helder Camara (IDHEC), através da Casa de Frei Francisco, aconteceu em poucas horas da manhã mas adiantou para dar voz aos jovens moradores das comunidades .A estudante Edileide de Souza, 15 anos, resumiu o significado do evento: "Briga entre bairros e comunidades não faz sentido. A gente tem que se unir pela paz, pelo bem de todos. Queremos a união entre as famílias, disse a moradora dos Coelhos".
A ideologia dos jovens é impulsionada pela vontade de mudar o estigma de violência fortemente associado às regiões em que vivem. De acordo com a coordenadora da Casa de Frei Francisco, Adriana Moreira, o maior desafio para a transformação dessa realidade é o avanço do crack das duas comunidades. "A gente passa o ano inteiro desenvolvendo trabalhos que buscam incentivar a cultura da paz. Mas é muito difícil lutar contra o impacto causado pelo tráfico de drogas", afirma.
Criada em 2005, depois que um adolescente foi empurrado de cima da Ponte Joaquim Cardozo por causa do confronto entre as comunidades, a Casa de Frei Francisco atende a 120 pessoas, de sete a 16 anos, moradores das comunidades do Coque, dos Coelhos e Joana Bezerra. O espaço funciona nos Coelhos e recebe o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PET) desenvolvido pelo Governo Federal. "O evento Ponte pela Paz dura poucas horas mas é resultado de muito trabalho, que é reforçado durante o ano todo. O IDHEC faz parte de uma rede de sollidariedade que une dez escolas, uma creche e várias entidades de apoio às comunidades. Os objetivos são comuns", expllica Adriana Moreira.
Na celebração de ontem, cada comunidade marchou de uma extremidade da Joaquim Cardozo, em direção ao centro. Já no meio da ponte, as crianças e adolescentes foram convidados a abraçar quem encontrassem pela frente, independente das regiões de origem. Em seguida, pombos brancos foram soltos, finalizando o ato simbólico de desejo por paz.
"Antigamente era mais difícil, nem imaginava que alguém fosse parar para dar um abraço aqui. Agora a rivalidade está menor, mas a violência continua existindo. O que eu quero é que meu neto cresça em um lugar tranquilo", disse a dona de casa Vânia Lima, 37 anos, moradora dos Coelhos.
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