É BOM SABER: Esclarecimentos sobre alguns dogmas da Igreja

São Paulo - SP 16 de setembro de 2011

O que é canonização dos santos?
R: Canonização é o reconhecimento definitivo pelo qual a Igreja declara que alguém participa da glória celeste, prescrevendo que lhe seja prestada veneração pública. Uma pessoa não é santa porque a Igreja a canoniza, mas a Igreja canoniza porque é santa. Todos nós somos chamados a corresponder plenamente ao chamado de Deus e de sermos santos, como ele é Santo (cf. Mt 5,48).
O que é o culto (veneração) dos santos?
R: Os santos são membros do Corpo Místico de Cristo, nos quais a Redenção alcançou a plenitude dos seus frutos. Os santos gozam da visão de Deus face a face. A intercessão dos justos, sobretudo dos que alcançaram a plenitude, sendo agradável a Deus (cf. Gn 18,22-32). Trata-se de uma comunhão em que, os santos, em virtude de sua caridade, não podem deixar de orar por quem não “está ainda na Pátria, mas a caminho”.
Os Santos intercedem por nós junto de Deus?
R: Todos nós que vivemos na graça de Deus em comunhão com Deus. Somos ramos vivos da videira (cf. Jo 15,5), membros vivos do Corpo de Cristo. Por isso, estamos unidos também entre nós. Um santo canonizados gozando da intimidade com Deus, certamente ele intercederá por nossas intenções (cf. Mt 6,33).
Como entender a doutrina das indulgências?
R: A doutrina e a prática das indulgências na Igreja estão estreitamente ligadas aos efeitos do Sacramento da Penitência (CIC 1471). “Indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida aos pecados já perdoados quanto à culpa. Obras de misericórdia, caridade, orações e práticas de penitência podem produzir a graça da indulgência parcial ou total.
Os católicos adoram imagens?
R: Cristo assumiu um verdadeiro corpo humano, por meio do qual Deus invisível se tornou visível. O que Deus no Antigo Testamento proíbe, é fazer imagens para serem adoradas como deuses, em substituição ao Deus único (cf. Ex 20,4). Mas não proíbe fazer outras imagens (cf. Ex 25, 18-20).
Por que a Igreja batiza as crianças?
R: A Bíblia não se refere explicitamente ao batismo de crianças, mas narra que vários personagens pagãos professaram a fé cristã e se fizeram batizar “com toda a sua casa”: Cornélio, o centurião romano (At 10,1s.24.44.47s), o carcereiro de Filipos (At 16,31-33). A expressão “casa” designava o chefe de família com toda a sua família, inclusive as crianças, que certamente, não faltavam, naqueles tempos.
Se a Bíblia diz: “Quem pode perdoar os pecados senão só Deus?” (Mc 2,7), por que confessar-se com o padre?
R: Jesus confiou o ministério da remissão dos pecados aos seus discípulos. Antes da paixão, prometeu a Pedro (cf. Mt 16,19) e aos outros apóstolos (cf. Mt 18,18) o poder de ligar e desligar na terra e no céu. Depois da ressurreição, confiou aos onze a faculdade de perdoar ou reter os pecados (cf. Jo 20, 21-23). Com o poder das chaves, entregou aos seus ministros a incumbência de ouvir a confissão sacramental dos pecadores, habilitando-os, ao mesmo tempo, a absolver ou repreender em seu nome.
Para o católico, o casamento é Sacramento indissolúvel. Como entender isso?
R: Em alguns trechos o Novo Testamento trata da indissolubilidade do matrimônio (cf. Mc 10,11s; Lc 16,18; 1Cor 7,10s; Mt 5,31s; Mt 19,6). Disse Jesus: “O que Deus uniu, o homem não deve separar” (Mt 19,6); então, por sua índole mesma, o matrimônio é indissolúvel. A doutrina da indissolubilidade foi e é sempre reafirmada pelos Concílio e pelas declarações pontifícias.

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